quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Em ano eleitoral...

... muitos apropriam-se de um discurso, mas na prática a história é outra.

No período que antecedeu as eleições, foi uma candidata até a sala onde estava tendo aula e pediu licença para falar de seu programa político, dada a devida permissão ela falou sobre suas propostas e também  reforçou características suas que dariam vez a sua candidatura, por julgar que ela represenatria tão bem a maior parte da população soteropolitana. Depois desta visita, fiquei confiante que a mesma seria eleita, o que para minha surpresa não aconteceu; pois ela representa o que aqui na Bahia tanto tenho ouvido falar: somos descendentes dos africanos, temos que buscar nosso lugar na sociedade, não podemos mais aceitar o preconceito em relação a nossa raça etc. Sim, concordo plenamente; mas porque este discurso não foi posto em prática?Por que esta maioria não elegeu quem os representaria, defenddendo suas causas e combatendo o que os discriminam?
Porque nas relações de nossa sociedade está presente a  fissura entre o dizer e o fazer, presente na família, na escola e também  na política, ninguém escapa dela. Assim a fissura entre o dizer e o fazer passa a ganhar outras dimensões, na sociedade contemporânea e esta candidata que poderia representar no cenário político a população que anseia por representatividade, não foi assim escolhida por ela.
Será que por mais que as pessoas falem que merecem respetito, que tem também direitos não possibilitam ao outro(que os caracteriza) lutar por seus ideais.
Situação parecida, tem me intrigado agora. Estamos caminhando para a decisão das eleições para presidente do nosso país, num segundo turno. E vale ressaltar aqui que, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nós mulheres representamos agora 51,8% do eleitorado, um total de 70.373.971 milhões de votantes. Os homens são 48% dos votantes, ou 65.282.009 em números absolutos; e por que mesmo assim não elegemos uma mulher como presidente do Brasil? Porque não damos a oportunidade de sermos representadas por uma de nós, por que não pensamos em demonstrar atráves das urnas que podemos sim chegar ao comando e fazer diferente?Por que não acabamos de uma vez com este machismo que por tanto tempo nos colocou em segundo plano?
Será que mesmo sendo maioria, vamos deixar tudo como estar?Será que não temos chance para implementar novas mudanças?Ou será que somos também machistas?

Pense nisso e vote pela sua representatividade diante de nosso país. E não pelo o que a mídia quer incutir em sua mente!!!!!

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